sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pensando em Dark Knight Parte 3 - Os Fãs

Dark Knight está cada vez mais próximo e os fãs se divertem com as campanhas lançadas para promover o filme, além do material divulgado, como novas imagens, trailers e clipes de cenas que prometem uma ótima continuação para o filme de 2005. Entre os fãs, Alexandre "Linck" é um dos com maior espectativa. Fã do personagem desde criança, Linck assistiu a todos os filmes, à série dos anos 60 e gosta de colecionar os quadrinhos, sempre atento às melhores histórias do Homem-Morcego.

SNSSSN: Alexandre, ou melhor, Linck, desde quando você é fã de Batman?
Alexandre Linck: Eu acompanhei as reprises do seriado dos anos 60 quando era criança e fui no cinema quando estreiou o Batman de 1989. Naquela mesma época, comecei a comprar algumas hq's.

SNSSSN: Qual sua percepção dos filmes de Tim Burton e de Joel Schumacher?
AL: Acho que o Tim Burton retratou no Batman de 89 a essência daquilo que era o Batman em 39, quando ainda não havia o Robin. Já no Returns ele fez uma enorme homenagem ao expressionismo alemão, com dezenas de referências em Metrópolis, Nosferatu, O Gabiente do Dr. Caligari, de certa forma remetendo às fontes do próprio Batman. Afinal o morcego também é uma herança do cinema expressionista e de suas vertentes desenvolvidas nos Estados Unidos. Havia esse ar sombrio no filme de 89, mas aqui ele ficou mais presente. Joel Schumacher deu uma repaginada ao Batman, introduzindo elementos fortes da Pop Art e da estética Camp. Batman Forever dualiza essa transição. Ainda temos elementos sombrios e góticos que retornam o Batman de Burton, mas já temos o colorido, o exagero, o mito pelo mito da Pop Art. Batman & Robin, já em termos de proposta, é mais decidido. O que vemos do início ao fim é uma adaptação noventista do seriado sessentista. Podemos até questionar a escolha que Schumacher e o estúdio tiveram de adaptar Batman por esse viés, mas a proposta em si é muito bem executada. Quem conhece o seriado percebe dezenas de referências no filme.

SNSSSN: E Batman Begins, a reinvenção da série cinematográfica em 2005?
AL: Bem mais sintonizado com o momento atual dos quadrinhos do Batman e procura ter referências dentro do filme, tanto que você encontra menções à Batman: Ano Um e O Longo dia das Bruxas. Dá pra perceber um Batman detetivesco, que viajou pelo mundo pra ser treinado. Eu discordo totalmente de alguém dizer Batman realista, porque é ridículo alguém dizer isso. Desde quando no realismo alguém vestido de morcego anda num tanque de guerra pela cidade? O que Begins faz é dar uma visão noir ao Batman. O Espantalho é muito bem retratado, merecia mais destaque. Já não acho isso do Ra's Al Ghul. Nos quadrinhos ele é todo poderoso, controla todo o mundo. No dia que quisesse ele "estalava os dedos e sumia com Gotham e Batman". No filme ele ficou parecendo um mero terrorista qualquer. Mas pode voltar no futuro e mostrar que ele tem bem mais do que aquilo.

SNSSSN: O que você espera de Dark Knight?
AL: O Duas-Caras não vai ser exatamente o Duas-Caras, ele só deve aparecer assim no final do filme. Quem deve ser desenvolvido ali é o Harvey Dent. O que eu acho ótimo. Diferente dos outros vilões do Batman, ele tem um passado interessantíssimo com essa história de que ele era um promotor público, que forma uma aliança com Gordon e com o Batman pra poder acabar com o crime organizado de Gotham. Eu espero que o filme explore essa questão de dupla personalidade que o Harvey cria. Já do Coringa eu achei ótima a opção que eles fizeram, pelo que dá pra ver pelos trailers. É um Coringa completamente louco, imprevisível, sádico, bem o que a gente vê em HQ´s como Asilo Arkham e A Piada Mortal. O que apareceu até agora é muito bom. Só que Superman Returns também tinha ótimas imagens nos trailers, daí a gente descobriu vendo o filme que as ótimas imagens eram só aquelas mesmo, que o resto do filme era um porre. Pode acontecer isso com Dark Knight e pode não acontecer. Eu tô ansioso por causa da equipe envolvida. O diretor que, dentro do possível, é um dos melhores diretores atuais de Hollywood, e um bom roteirista, que fez o roteiro de Amnésia e O Grande Truque.

Você também é fã de Batman e quer conversar com Linck? Ele faz parte do fórum A.S.I.L.O. e adora discutir as histórias do Homem-Morcego.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Pensando em Dark Knight Parte 2 - A Origem

Segundo o Wikipédia, o Batman "é um herói em HQ, publicado pela editora norte-americana DC Comics, cuja primeira aparição alguns acreditam ter sido em desenhos de Frank Foster em 1932, e que foi publicado posteriormente na revista Detective Comics #27, em Maio de 1939. Mais tarde, juntamente a Superman (também da DC Comics) e Homem-Aranha (da Marvel Comics), Batman seria um dos mais conhecidos super-heróis do mundo. Batman foi co-criado pelo desenhista Bob Kane e o escritor Bill Finger, embora apenas Kane receba oficialmente os créditos, apesar de seus esforços para dividir os méritos na criação do personagem. Fã da cultura vampiresca, especialmente das histórias ligadas ao personagem conhecido como Drácula, Kane imaginou um herói baseado no mesmo, com roupas negras, capa vermelha e ligado ao tema dos morcegos, mas foi Finger que deu ao personagem o formato pelo qual ficaria consagrado."
(Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Batman)

Mas o Batman é mais do que isso. Dono de uma das melhores galerias de vilões da DC, o homem-morcego é conhecido por ser um dos poucos heróis plenamente humanos, movido pelo trauma de infância e não por conseguir qualquer gama de poderes, contando apenas com suas habilidades adquiridas em anos de treinamento e uma gama enorme de objetos criados por ele mesmo.

Sua origem teve várias interpretações ao longo dos seus quase 70 anos (Que ele completará em 2009), mantendo como base apenas o momento em que ele ficou órfão: Ao sair para um passeio noturno, geralmente retratado como uma ida ao cinema para assistir A Máscara do Zorro, a família Wayne é abordada por um assaltante que acaba matando os pais de Bruce, deixando-o com sede de justiça. Assim que pode, o jovem herdeiro da fortuna Wayne se dedicou ao treinamento absurdo para chegar ao extremo de suas habilidades físicas e mentais. Assim nasceria o projeto do herói que se tornaria um homem-morcego, como forma de amedrontar os vilões que encontrasse.

A princípio, o Batman era um personagem violento, até mesmo apelando para armas, mas, com o tempo, várias de suas características mudaram. Uma delas foi os inimigos que enfrentava, que começaram como bandidos armados e alguns gângsters meia-boca e então surgiram Duas-Caras, Charada, Pinguim e... O nêmesis do morcego, Coringa. Ao contrário do que se pensa hoje, o Coringa seria apenas mais um vilão da semana não fosse o fato de ser tão carismático, assumindo há muito tempo o cargo de ser o extremo oposto do Batman. Enquanto Bruce tenta manter a luz dentro de suas trevas como forma de justiça, o Coringa se entra ás trevas mesmo estando na luz. De forma simples, o Batman se esconderia para impedir que tragédias como a sua acontecessem à outros e o Coringa apareceria ao máximo para causar o pânico que Batman tenta evitar.

São essas dualidades que tornam o personagem tão cheio de fãs. Muitos dos seus leitores não só admiram o protagonista como seus inimigos também. O Duas-Caras, que vive na navalha, decidindo na moeda quem domina: Seu lado vilão ou seu lado promotor. O Charada, que na maior parte do tempo assume seu vício pela diversão dos enigmas, deixando de lado a vilania. Outros tantos, obscuros ou extravagantes, dominam as histórias em quadrinhos de um dos três maiores heróis da DC Comics e enriquecem sua mitologia.