quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O Zine do ASILO

Um bando de lunáticos, chefiados por este que vos fala, resolveu fazer seu próprio zine, escrevendo o que viesse a cabeça e tentando serem divertidos e divertirem os outros. Eu não sei se deu certo, mas aqui está a edição ZERO do projeto. Como fui eu que diagramei, que editei tudo e que coloquei no ar, sou suspeito pra falar (Mas, como sempre, não acho que está BOM): Vocês é que vão me dizer. É gratuito e não vai fazer mal a ninguém... JURO! Aproveitem!

Podem baixar por AQUI.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

V for Vendetta

Sabe... Não lembro bem quando conheci as obras de Alan Moore... Mas foi com A Liga Extraordinária que passei e respeitar o cara. E ao ler Watchmen, depois de muito enrolar e assistir a primeira temporada de Heroes, comecei a achá-lo o que todo mundo já achava: Genial. Assim, me afastando da versão cinematográfica (Que ainda não assisti) eu finalmente li V de Vingança. E não foi a melhor leitura de Alan Moore, ainda que não tenha deixado de me chutar o saco vez por outra.

V é o símbolo daquilo pelo que Rorschach, de Watchmen, ou o Questão, do Universo DC comum, batalham: A liberdade de todos de tomar suas decisões e conduzir o estado como quiser, derrubando um governo político, ainda que a insanidade de Rorschach é que geralmente o domine e o Questão é mais paranóico do que realmente ideológico. É impossível chamar V de herói. Ele não é um herói, em nenhuma das interpretações da palavra. Ele mata, ele engana, ele destrói. O que o torna "justo"? Entra a concepção maquiaveliana: Os fins justificam os meios. O sonho que V tem, sua vontade é o que transforma suas ações em atos senão benignos, ao menos com sentido.

Admito que, assim que apareceu a co-protagonista Evey eu me recordei da cena emblemática do trailer, em que Natalie Portman chorava enquanto sua bela cabeleira era raspada e fiquei esperando, página por página, que sua contraparte quadrinística passasse pelo mesmo infortúnio. Então, a medida que os personagens cresciam, a cena foi perdendo seu sentido e quando ela surgiu não teve o mesmo efeito esperado. Muito pelo contrário, pareceu pequena diante da condução da trama.

Fiquei encucado com as liberdades que os irmãos Wachowski teriam tomado quando adaptaram esta HQ, o que me animou a ver o filme. Uma hora dessas quem sabe eu comento aqui as minhas impressões.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Esse pessoal e a censura de sempre

Antes de tudo, dêem uma olhada nessa notícia aqui e vejam se concordam com o que a DC fez.

Bom, eu não concordo. Algo que nunca entendi bem é: Como os quadrinhos têm como clássicos Cavaleiro das Trevas, Watchmen, A Liga Extraordinária e ainda são considerados "materiais pra crianças"? Será que é porque os exemplos são mini-séries fechadas, que não fazem parte de uma grande cronologia e, portanto, não são (tão) comerciais como o resto? Se for o caso, defendo que All-Star Batman se encaixa no mesmo quesito dos anteriores (Em distribuição, não qualidade). Sua periodicidade não é padrão, seu preço também não e mesmo sua história em muito se difere da original. Ou vai dizer que já foi visto o Homem-Morcego espancando o pobre Hal Jordan enquanto os dois conversavam delicadamente?

Aliás, como podem reclamar de uma adolescente que espanca os bandidos falando alguns palavrões? Eu acredito que, numa mini-série que já mostrou o herói "transando" com uma heroína logo após surrar alguns bandidos não deveria nem ter a cara-de-pau de colocar tarjas nos palavrões. Se o medo é de que as crianças aprendam um "novo linguajar", então eu sinto dizer que esse pessoal não tem filhos ou eles estudam em casa. E ainda tem gente que reclama das capas que o Frank Cho produz. Francamente, como diria meu padrinho: Deixa o homem trabalhar!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Revisitando O Cavaleiro das Trevas

"Quem é vivo, sempre aparece!", "O filho pródigo à casa torna", "A volta dos que não foram!". Com essas e tantas outras eu retorno ao meu quase falecido, mas comatoso, blog e peço desculpas à qualquer um que tenha visitado-me encontrado teias de aranha (Culpa do Peter) ou bagunça pela casa toda (Culpa minha). Não foi falta de tempo, falta de inspiração ou falta de vontade. Foi por certo receio de postar mesmo. Não saberia salvar o blog com qualquer post até que escrevi a resenha que publico aqui hoje. Espero que apreciem e saibam que, gradualmente, retomarei as atividades daqui. O que fica? A sugestão, não mais de segundona e os vídeos de sexta. O que não havia antes? Quem sabe o que pode surgir! De qualquer forma, bem vindos de volta ao Sem Nome, Sem Sentido, Sem noção!

Eu não vi Batman Begins no cinema. Em uma daquelas minhas fases em que ir ao cinema era complicado, eu acabei perdendo a oportunidade de ver o (Na minha opinião) melhor filme do Batman... Até aquele momento. Conclusão: Vi em casa, com a minha namorada e o irmão dela. Terminei o filme quase saltando da cama depois que vi a carta do Coringa. Eu, como leitor de quadrinhos, já sabia da explosão que viria. Toda essa introdução é apenas para dizer que ao ver O Cavaleiro das Trevas (Me recuso a colocar Batman antes do nome) eu esperava por menos, e tomei um susto.

Primeiro que o filme tem uma série de tramas paralelas grudadas. Os núcleos são específicos: Bruce Wayne e Harvey Dent, trabalhando por cima dos panos para enobrecer a suja Gotham City; Batman, Jim Gordon e Harvey, agora em sua faceta de não tão bonzinho, planejando a queda dos mafiosos da cidade; e Coringa, utilizando os assustados mafiosos para se colocar diante do Homem-Morcego e fazer o que ele sabe fazer de melhor: Atazanar sua vida.

O filme pode ser julgado de três formas: Como uma adaptação dos quadrinhos do Batman e, nesse caso, uma mistureba desrespeitosa; Um blockbuster de ação, descabido como a maioria e por si só inteligente; E o mais importante e a visão que eu prefiro ter, a de uma adaptação do personagem e de seu universo para o cinema, para quem não é fã e, principalmente, para uma realidade que nós vemos todos os dias, salvo as discrepâncias, afinal é um filme de super-herói... Ou não.

Como o próprio Gordon fala próximo do final do filme, Batman não é um herói. Talvez ele estivesse dizendo que ele fosse um anti-herói ou até mesmo um super-herói. Eu vejo de outra forma. Para poder se tornar uno com a cidade, Batman teve de abraçar a sua visão distorcida e sua violência, criando medo e não respeito, contendo-se apenas para não passar do seu limite. Dessa forma, ele não é nem vilão, nem herói, ele é apenas o Batman, um dos espectros de luz de Gotham, suas trevas vingando-se dela mesma, para que ela possa andar na luz, um objetivo cada vez mais utópico, a medida que vão surgindo super-criminosos, seres corrompidos como o Batman, mas que não tem seus limites.

É aqui que entram Espantalho (Numa divertida e interessante participação especial), Coringa e o "vilão-surpresa". Todos eles nasceram da revolução que Batman trouxe a Gotham City. Ou talvez o Coringa não, apesar de que até o momento em que Bruce Wayne vestiu o traje militar e saiu detonando criminosos ele nunca tinha dado as caras. É a reação em cadeia: Você usa armas, eles usam armas maiores, você usa tecnologia, eles a aperfeiçoam, você usa heróis... Eles destroem tudo.

As atuações são dignas de menção: Novamente em papel pequeno, Michael Caine mostra um Alfred que serve de pai, mãe, conselheiro e assistente de Bruce Wayne, em suas duas vidas. Mesmo suas piadas estão mais afiadas e sua fidelidade mais forte, tomando decisões pelo bem de seu patrão e amigo. Gary Oldman, um camaleão como Depp e, uma nova descoberta minha, Gerard Butler, encarna em James Gordon e o traz para fora dos quadrinhos, agindo certo ou errado, desconfiando da sanidade de Harvey e Batman. E temos a nova Rachel Dawes. Realmente, o problema era com a atriz. Maggie Gyllenhall transforma a personagem, ainda que não conseguindo salvá-la de sua irritante permanência "em cima do muro". Porém, o que fazem à Rachel e o que ela faz com os dois "heróis" foi muito mais do que eu esperava.

Temos então o trio principal. Christian Bale reprisa o Bruce Wayne playboy excelente que fez em Begins e faz bem o papel de um Batman falho, que é obrigado a assumir seus erros e, no fim, acaba conseguindo salvar vidas, mesmo que tenha que fazer sacrifícios. Bale não é excelente, mas é conciso, se como Batman ele toma decisões mais radicais, como Bruce ele é desligado, ficando a pergunta: Quem é que está vestindo a máscara? Wayne ou Batman? Do outro lado da moeda temos Harvey Dent, interpretado por Aaron Eckhart. Se Wayne é desleixado, Dent é engajado, o que faz as pessoas desconfiarem se o cavaleiro da luz de Gotham não é também seu cavaleiro das trevas. Eckhart faz uma excelente interpretação, que fica ainda melhor quando o personagem passa pela transformação na terceira parte do filme.

Finalmente, no meio da trindade, temos o Coringa, que anda pela luz e pelas trevas, se revelando e se escondendo. Heath Ledger merecia estar ali, junto de Eckhart e Bale, ouvindo as críticas positivas que fizeram dele que sempre lembrarão de seu Coringa, sinistro, insano, medonho. Eu adoro o trabalho que Jack Nicholson fez em Batman de Tim Burton, porém, é esse Coringa de Ledger que eu ansiava ver nos cinemas: Totalmente livre de conceitos, ele apenas age, levando o Homem-Morcego à loucura, contestando sua sanidade, incitando um sentimento de assassinato nas entranhas do “herói”. Espero que, no futuro retorno do personagem, um ator consiga fazer no mínimo o mesmo que Ledger, e dando mais e mais motivos para o ódio de Batman pelo Coringa.

O resto do filme são explosões e cenas aterradoras. Ao menos duas vezes achei que o filme tinha acabado e então fui surpreendido com mais um trecho emocionante. Saí do cinema satisfeito e querendo mais. O primeiro arco de Nolan por trás das câmeras acabou ali, deixando em aberto o destino de alguns personagens. Espero que ele aceite voltar, junto de todos os outros possíveis, dando a mim e a outros fãs do Batman algo muito bom para gastar nosso dinheiro. Eu já reservei o dvd!
Eu ainda acredito na volta de Aaron Eckhart!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pensando em Dark Knight Parte 3 - Os Fãs

Dark Knight está cada vez mais próximo e os fãs se divertem com as campanhas lançadas para promover o filme, além do material divulgado, como novas imagens, trailers e clipes de cenas que prometem uma ótima continuação para o filme de 2005. Entre os fãs, Alexandre "Linck" é um dos com maior espectativa. Fã do personagem desde criança, Linck assistiu a todos os filmes, à série dos anos 60 e gosta de colecionar os quadrinhos, sempre atento às melhores histórias do Homem-Morcego.

SNSSSN: Alexandre, ou melhor, Linck, desde quando você é fã de Batman?
Alexandre Linck: Eu acompanhei as reprises do seriado dos anos 60 quando era criança e fui no cinema quando estreiou o Batman de 1989. Naquela mesma época, comecei a comprar algumas hq's.

SNSSSN: Qual sua percepção dos filmes de Tim Burton e de Joel Schumacher?
AL: Acho que o Tim Burton retratou no Batman de 89 a essência daquilo que era o Batman em 39, quando ainda não havia o Robin. Já no Returns ele fez uma enorme homenagem ao expressionismo alemão, com dezenas de referências em Metrópolis, Nosferatu, O Gabiente do Dr. Caligari, de certa forma remetendo às fontes do próprio Batman. Afinal o morcego também é uma herança do cinema expressionista e de suas vertentes desenvolvidas nos Estados Unidos. Havia esse ar sombrio no filme de 89, mas aqui ele ficou mais presente. Joel Schumacher deu uma repaginada ao Batman, introduzindo elementos fortes da Pop Art e da estética Camp. Batman Forever dualiza essa transição. Ainda temos elementos sombrios e góticos que retornam o Batman de Burton, mas já temos o colorido, o exagero, o mito pelo mito da Pop Art. Batman & Robin, já em termos de proposta, é mais decidido. O que vemos do início ao fim é uma adaptação noventista do seriado sessentista. Podemos até questionar a escolha que Schumacher e o estúdio tiveram de adaptar Batman por esse viés, mas a proposta em si é muito bem executada. Quem conhece o seriado percebe dezenas de referências no filme.

SNSSSN: E Batman Begins, a reinvenção da série cinematográfica em 2005?
AL: Bem mais sintonizado com o momento atual dos quadrinhos do Batman e procura ter referências dentro do filme, tanto que você encontra menções à Batman: Ano Um e O Longo dia das Bruxas. Dá pra perceber um Batman detetivesco, que viajou pelo mundo pra ser treinado. Eu discordo totalmente de alguém dizer Batman realista, porque é ridículo alguém dizer isso. Desde quando no realismo alguém vestido de morcego anda num tanque de guerra pela cidade? O que Begins faz é dar uma visão noir ao Batman. O Espantalho é muito bem retratado, merecia mais destaque. Já não acho isso do Ra's Al Ghul. Nos quadrinhos ele é todo poderoso, controla todo o mundo. No dia que quisesse ele "estalava os dedos e sumia com Gotham e Batman". No filme ele ficou parecendo um mero terrorista qualquer. Mas pode voltar no futuro e mostrar que ele tem bem mais do que aquilo.

SNSSSN: O que você espera de Dark Knight?
AL: O Duas-Caras não vai ser exatamente o Duas-Caras, ele só deve aparecer assim no final do filme. Quem deve ser desenvolvido ali é o Harvey Dent. O que eu acho ótimo. Diferente dos outros vilões do Batman, ele tem um passado interessantíssimo com essa história de que ele era um promotor público, que forma uma aliança com Gordon e com o Batman pra poder acabar com o crime organizado de Gotham. Eu espero que o filme explore essa questão de dupla personalidade que o Harvey cria. Já do Coringa eu achei ótima a opção que eles fizeram, pelo que dá pra ver pelos trailers. É um Coringa completamente louco, imprevisível, sádico, bem o que a gente vê em HQ´s como Asilo Arkham e A Piada Mortal. O que apareceu até agora é muito bom. Só que Superman Returns também tinha ótimas imagens nos trailers, daí a gente descobriu vendo o filme que as ótimas imagens eram só aquelas mesmo, que o resto do filme era um porre. Pode acontecer isso com Dark Knight e pode não acontecer. Eu tô ansioso por causa da equipe envolvida. O diretor que, dentro do possível, é um dos melhores diretores atuais de Hollywood, e um bom roteirista, que fez o roteiro de Amnésia e O Grande Truque.

Você também é fã de Batman e quer conversar com Linck? Ele faz parte do fórum A.S.I.L.O. e adora discutir as histórias do Homem-Morcego.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Pensando em Dark Knight Parte 2 - A Origem

Segundo o Wikipédia, o Batman "é um herói em HQ, publicado pela editora norte-americana DC Comics, cuja primeira aparição alguns acreditam ter sido em desenhos de Frank Foster em 1932, e que foi publicado posteriormente na revista Detective Comics #27, em Maio de 1939. Mais tarde, juntamente a Superman (também da DC Comics) e Homem-Aranha (da Marvel Comics), Batman seria um dos mais conhecidos super-heróis do mundo. Batman foi co-criado pelo desenhista Bob Kane e o escritor Bill Finger, embora apenas Kane receba oficialmente os créditos, apesar de seus esforços para dividir os méritos na criação do personagem. Fã da cultura vampiresca, especialmente das histórias ligadas ao personagem conhecido como Drácula, Kane imaginou um herói baseado no mesmo, com roupas negras, capa vermelha e ligado ao tema dos morcegos, mas foi Finger que deu ao personagem o formato pelo qual ficaria consagrado."
(Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Batman)

Mas o Batman é mais do que isso. Dono de uma das melhores galerias de vilões da DC, o homem-morcego é conhecido por ser um dos poucos heróis plenamente humanos, movido pelo trauma de infância e não por conseguir qualquer gama de poderes, contando apenas com suas habilidades adquiridas em anos de treinamento e uma gama enorme de objetos criados por ele mesmo.

Sua origem teve várias interpretações ao longo dos seus quase 70 anos (Que ele completará em 2009), mantendo como base apenas o momento em que ele ficou órfão: Ao sair para um passeio noturno, geralmente retratado como uma ida ao cinema para assistir A Máscara do Zorro, a família Wayne é abordada por um assaltante que acaba matando os pais de Bruce, deixando-o com sede de justiça. Assim que pode, o jovem herdeiro da fortuna Wayne se dedicou ao treinamento absurdo para chegar ao extremo de suas habilidades físicas e mentais. Assim nasceria o projeto do herói que se tornaria um homem-morcego, como forma de amedrontar os vilões que encontrasse.

A princípio, o Batman era um personagem violento, até mesmo apelando para armas, mas, com o tempo, várias de suas características mudaram. Uma delas foi os inimigos que enfrentava, que começaram como bandidos armados e alguns gângsters meia-boca e então surgiram Duas-Caras, Charada, Pinguim e... O nêmesis do morcego, Coringa. Ao contrário do que se pensa hoje, o Coringa seria apenas mais um vilão da semana não fosse o fato de ser tão carismático, assumindo há muito tempo o cargo de ser o extremo oposto do Batman. Enquanto Bruce tenta manter a luz dentro de suas trevas como forma de justiça, o Coringa se entra ás trevas mesmo estando na luz. De forma simples, o Batman se esconderia para impedir que tragédias como a sua acontecessem à outros e o Coringa apareceria ao máximo para causar o pânico que Batman tenta evitar.

São essas dualidades que tornam o personagem tão cheio de fãs. Muitos dos seus leitores não só admiram o protagonista como seus inimigos também. O Duas-Caras, que vive na navalha, decidindo na moeda quem domina: Seu lado vilão ou seu lado promotor. O Charada, que na maior parte do tempo assume seu vício pela diversão dos enigmas, deixando de lado a vilania. Outros tantos, obscuros ou extravagantes, dominam as histórias em quadrinhos de um dos três maiores heróis da DC Comics e enriquecem sua mitologia.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pensando em Dark Knight Parte 1 - Os antecessores

Para iniciar uma série de posts sobre Batman, como um esquenta futuro para o novo filme do homem-morcego, a sair em 18 de julho, vamos fazer uma pequena retrospecção sobre os outros cinco filmes do morcego (Os quatro da série original e Begins), analisando seus altos e baixos.

Batman - O Filme (1989)
Como primeiro filme cinematográfico, a adaptação de Tim Burton é um marco para o herói, até então representado de uma forma mais caricata pela série dos anos 60. Este filme é ao mesmo tempo elogiado e xingado, já que criou a fórmula de vilão limitado a um filme só (Repetida até hoje nos filmes do Batman). Por outro lado, Michael Keaton faz um bom papel como Bruce Wayne/Batman e Jack Nicholson sempre será lembrado pelo seu Coringa, ao mesmo tempo engraçado e perigoso. A trilha sonora é inesquecível e o tom sombrio que Burton criou para o filme (Parte do seu estilo de filmagem) deixou os fãs animados por ver um Batman que não só perseguia e capturava bandidos, mas também os aterrorizava, dando valor às trevas.

Pontos Fortes:
  • Jack Nicholson, memorável.
  • A trilha sonora fantástica e o tom sombrio do filme.
  • O surgimento do Bat-sinal.
Pontos Fracos:
  • Início da fórmula vilão por 1 filme apenas.
  • Kim Bassinger, dispensável.
Batman - O Retorno (1992)
Continuação do filme de Tim Burton, esse Batman já apresenta uma característica um pouco diferente, por mexer com o surreal (Na figura do estranho Cobblepot, o Pinguin) e tornar o Batman uma figura mais humana. Se no original foi criada a fórmula vilão por 1 filme só, aqui surgiu o adendo de uma dupla de vilões por filme, apesar de que na realiadade seriam três, se formos considerar Max Schrek, o canastrão personagem de Christopher Walken. Na minha opinião, o melhor filme dos quatro primeiros, por apresentar a dualidade de bem e mal na forma da estonteante Selina Kyle (Michelle Pfeiffer). Michael Keaton reprisa seu papel aqui como Bruce Wayne e convence bem mais do que no primeiro filme.

Pontos Fortes:
  • Personagens marcantes: Max Schrek, Selina Kyle/Mulher-Gato e Oswald Cobblepot/Pinguim.
  • Amplia a dimensão sombria do mundo de Batman.
Pontos Fracos:
  • Mais um personagem morto e de certa forma desperdiçado.
  • Exageros que podem tornar o filme satírico.
Batman Eternamente (1995)
A primeira tentativa de Joel Schumacher, na direção de um filme do Batman. Enquanto que os filmes de Tim Burton tinham seu aspecto sombrio, o de Schumacher é mais colorido, mais alegre e mais "divertido". Os personagens são escrachados e, tirando Nicole Kidman como a Dr. Chase Meridian, todos são exagerados. O Duas-Caras é engraçado, o Charada é alucinado, Batman é confuso e o Robin é... Grande e aborrescente demais. Que seja dito: É uma surpresa encontrar um Charada que deixaria de usar seu chapéu-côco e prefiriria a roupa colada e brilhante que Jim Carrey veste em Eternamente. Assim como Duas-Caras tem o rosto rosa (E FALSO), não convencendo como o homem que sempre fica entre dois caminhos a seguir: A justiça ou o crime. Acredite: Este provavelmente é o pior filme da carreira de Tommy Lee Jones. Já Val Kilmer ainda encarna um pouco o papel de Bruce Wayne, mas quando veste a armadura fica esquecível. Chris O'Donnel provavelmente ouve até hoje por ter virado o Robin. Sinceramente? Se esperava mais desse filme.

Pontos Fortes:
  • Explora a psique assombrada do Batman, mesmo que de forma tão esdrúxula.
Pontos Fracos:
  • Ter gerado dinheiro suficiente pra continuação.
  • Jim Carrey e Tommy Lee Jones mal-utilizados.
  • Nicole Kidman com o papel de mocinha frágil. Poderiam ter utilizado melhor a psicóloga, sem envolvê-la a Bruce Wayne.
Batman & Robin (1997)
Com certeza o pior filme de Batman já feito para o cinema. Se esquecermos que é um filme do Batman, ou o considerarmos como uma homenagem à série sessentista, ele ainda tem seu brilho, principalmente por trazer o Sr. Frio e Hera Venenosa em versões tão... Interessantes. Ok, vamos com calma. George Clooney talvez seja o único Bruce Wayne que realmente transmita a idéia de um milionário playboy, do tipo que coleciona mulheres, carros e ternos. Porém, como Batman ele é péssimo. E sua armadura tem mamilos. MAMILOS!!! O que dizer de Chris O'Donnel tentando parecer como o parceiro que amadurece e passa a ser realmente essencial para o herói? Aliás... Se o filme é Batman & Robin... Por que diabos colocam uma versão tão mal-feita de Batgirl? Alícia Silverstone sabe ser rebelde, mas aqui ela faz papel de idiota! Aliás... Bárbara WILSON?!? Descaracterizam a personagem e ainda a tornam descartável.

Pontos Fortes:
  • Não gerou continuações.
Pontos Fracos:
  • Falta roteiro.
  • Sub-aproveitamento de Bane e Batgirl, descaraterizados ao extremo.
  • Armaduras com mamilos.
  • Bat-cartão de crédito? É mesmo uma homenagem à série dos anos 60.
Batman Begins (2005)
Dividindo críticas como a releitura do primeiro filme do Batman, Begins é a transformação do personagem para o século XXI no cinema. A dupla Christian (Bale, o ator e Nolan, o diretor) faz um excelente trabalho, voltando o Batman ao seu estado sombrio e acrescentando violência e tecnologia. Em parte bebendo da conceituada HQ de Frank Miller: Cavaleiro das Trevas, Begins apresenta o maior Batcarro de todos, um verdadeiro tanque que com certeza faria alguém tremer de medo ao ver chegar. Morgan Freeman como Lucius Fox, Michael Cane como Alfred Pennyworth e Gary Oldman como Jim Gordon tiram seus personagens do papel de coadjuvantes e os tornam essencias para a trama elaborada. A galeria de vilões do filme talvez seja um dos seus calcanhares de Aquiles. Ra's Al Ghul foi uma ótima escolha, principalmente por ser parte essencial da mitologia atual do homem-morcego, mas muitos fãs criticaram a escolha do Espantalho, preferindo que tivessem aparecido outros como Duas-Caras e Coringa. Na minha opinião, o Espantalho foi uma boa escolha sim, por ser ele o mestre do medo. E medo é o que Batman quer criar em seus inimigos.

Pontos Fortes:
  • Um bom reinício para a franquia.
  • Batman mais sério e sinistro.
  • Ótima escolha de atores.
Pontos Fracos:
  • Katie Holmes, tão dispensável quanto Kim Bassinger.
  • Escolha de vilões.
BÔNUS! Mulher-Gato (2004)
A bomba!!! Esse filme só está aqui porque a personagem original é parte do mundo de Batman, apesar de que esta adaptação nada tem a ver com o homem-morcego... Ainda bem. Enquanto a Mulher-Gato de Batman Returns era sensual e dual, a de Halle Berry é destrambelhada e infantil. Mesmo com corpo esguio e sedutor, Halle fica ridícula com seus miados fingidos e o figurino sado-masoquista. A própria trama é problemática e tentar ligar a personagem ao mito da deusa-gata egípcia é sacrilégio. Parece beber do que acontece com Selina Kyle em Returns, mas tentar desviar totalmente em seguida. Péssimo.

Ponto Forte:
  • Halle Berry com pouca roupa. Mesmo assim, era melhor ver A Senha: Swordfish e 007 - Um Novo Dia para Morrer
Pontos Fracos:
  • Personagens banais, roteiro fraco e descaracterização da personagem. Praticamente tudo!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A Lâmina do Imortal está chegando

Previsto para 13 de Julho, o animê de Blade of the Immortal, ou Blade - A Lâmina do Imortal no Brasil, ganhou site e trailer. Noticiado anteriormente, o animê está sendo produzido pelo Bee Train, o mesmo de .Hack, com direção de Koichi Mashimo, de Noir. A história, como diz o título, fala de um espadachim "imortal", que pode se ferir da maneira que for e irá se regenerar assim mesmo. Visto como uma maldição para Manji, o seu dom o permite acabar com quantos malfeitores puder, até a meta de 1000, para que sua existência se encerre. Encontrando pelo caminho Rin, uma jovem que pede a Manji que seja seu guarda-costas, a vida do espadachim vira de cabeça para baixo.

Conhecido pela arte belíssima (Que seria muito complicada de animar), o mangá Blade tem uma história complexa, onde poucos podem se dizer "puros", sem lados ruins ou pendências. Blade e Rin são constantemente questionados durante a jornada e tem de se virar como puder para manter suas convicções. O trailer mostra uma adaptação bem fiel, com um traço mais sujo, mas firme e bonito e uma ação absurda. É promissor.

O mangá de Blade está em recesso atualmente no Brasil, esperando a CONRAD conseguir revalidar o contrato. Pode ser adquirido online pela Loja CONRAD.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Faça música com Mario Paint

Por essa eu não esperava. Lembram de Mario Paint, joguinho de Super Nintendo da década de 90 e que usava o estranho mouse para jogar? Aquele em que você não somente pintava, mas também enfrentava insetos com um poderoso mata-moscas e ainda podia fazer músicas? Pois é, vários internautas, utilizando o emulador do Composer de Mario Paint para PC, criaram covers de músicas e jogaram no YouTube. A lista já passa de 2000 vídeos, alguns feitos no próprio console e filmados para então jogar no computador.

A febre conta com música como Clocks, temas de jogos como MegaMan e até aberturas de seriados como a de The Office. O FolhaOnline, fonte da notícia, publicou uma lista de 10 bons covers para ouvir "e ver". Deu até saudade de matar aquelas moscas...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Galã de Hollywood pode ser Capitão América

A notícia é meio duvidosa. A MarvelEntertainment, empolgada com o lançamento do Homem de Ferro, divulgou a data de estréia de seus próximos filmes, o primeiro do Capitão América entre eles. O filme, que sai dia 6 de maio de 2011 e ainda está com o nome provisório deThe First Avenger: Captain America, já teria começado a procurar seu protagonista e o ator Matthew McConaughey (de Como Perder um Homem em 10 Dias) seria o primeiro candidato, de acordo com o CinemaBlend. Apesar do porte físico e da carreira ascendente do ator, ainda é cedo pra ele ser considerado o bandeiroso.

Para quem está boiando, Capitão América foi criado durante a década de 40 como um estímulo para o exército estado-unidense durante a II Guerra Mundial. O Capitão era um soldado, Steve Rogers, que em uma experiência do exército recebeu o soro do super-soldado e se tornou mais forte, mais ágil e mais resistente, o soldado perfeito. Com o fim da guerra, o personagem foi considerado morto e somente resgatado muito tempo depois, quando foi encontrado preso em uma pedra de gelo. Assim, o Capitão foi apresentado ao "mundo moderno" e se tornou um dos fundadores dos Vingadores. O lançamento de seu filme é uma preparação para o primeiro crossover cinematográfico da Marvel recente (Já ocorreram outros no passado): O filme dos Vingadores, que também deve linkar os filmes do Homem de Ferro e do Incrível Hulk que, aliás, já tem uma cena conjunta.

sábado, 26 de abril de 2008

Vídeo de Sexta - Um super-herói interessante

Veja se vocês descobrem O QUE É esse vídeo antes de chegar ao final. Fantástico, achei muito bom mesmo!


Pra constar, esse vídeo foi achado por Lobo, o grande coordenador do blog Planeta da Solidão, uma ótima recomendação pra quem gosta de conteúdo alternativo.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Me and My Inner

Um pouco atrasada, mas aqui está... Veja o que acontece quando a idéia inicial se expande...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

SNSSSN apresenta... Mostra de Cinema Udigrudi

Gostaria de conhecer uma espécie diferente de cinema? E que tal uma espécie de contravenção brasileira que tenta destruir o modo hollywoodiano de fazer filmes? Essa é a proposta da Mostra de Cinema Udigrudi que ocorrerá sexta-feira, dia 25 de abril, na Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, às 8 da manhã. Durante a mostra serão apresentados os filmes Mamilos em Chamas, de Gurcius Gewdner, e Gore Gore Gays, de Petter Baiestorf. A entrada é franca e qualquer necessidade, pode contatar o organizador e aluno da 5ª Fase de Publicidade & Propaganda Ismael Alberto Schonhorst pelo telefone 99194289. Mais informações, dê uma olhada no blog Nem Cult Nem Pop.

Para ajudar a divulgar a mostra, o Fly, também conhecido por Ismael, deu uma entrevista ao Sem Nome, Sem Sentido, Sem Noção contando um pouco da mostra, do tipo de cinema que eles estão representando e dos filmes que serão apresentados, assim como seus autores.

Antônio Henrique: Qual a proposta da mostra? De onde surgiu a idéia?
Ismael Alberto a.k.a. Fly: Pois então. Cinema no Brasil para dar certo, ou tu consegue verba com o governo, ou tu consegue verba com grandes empresas. Em ambos os casos você tem sua mente castrada, pois acabas tendo que entrar no "sistema". Acho bacana que em alguns casos, poucos, cineastas independentes consigam um destaque, seja aqui, ou no exterior. Quis ajudar mais ainda estes dois diretores da mostra, pois vejo MUITO potencial criativo nos filmes que eles fazem, usando o método Kanibaru Sinema, ou seja, filmes feitos com culhões, no método faça você mesmo. É quase um método punk moderno de se fazer filmes, e levar suas idéias. Daí veio a oportunidade de levar eles para a Estácio, e acabou crescendo e virando esta mostra. A proposta é justamente apresentar esta estética deles, e dar uma chance para as idéias dos caras atingirem um público universitário, e que espero, esteja sedento de curiosidade e indagação, ainda mais depois de serem atingidos pelo conteúdo subversivo dos filmes.

AH: O teor dos filmes não é de fácil aceitação ou apreciação. Você vê isso como um bloqueio na hora do patrocínio ou até mesmo da exibição?
Fly: Acho que isso é um problema geral, não só de quem faz filmes de teor forte. Mas sim, existe um certo problema, pois enquanto a maioria se adapta, quando você quer preservar toda a idéia por trás do filme, cortes e alterações acabam sendo quase um tabu. Uma dica que o Petter pegou de seu ídolo, Lloyd Kaufman, presidente da famosa produtora independente dos EUA, a Troma, é de assistir os filmes tentando se libertarem de seus próprios preconceitos. Se você assiste com a mente aberta, a apreciação acaba não sendo nenhum problema. Eu faria um comparativo com o lançamento de Laranja Mecânica no começo dos anos 70. Aquilo foi um espanto para o pessoal na época, já hoje em dia, é visto como uma obra de arte, e com certeza, além de seu tempo. Não quero ser pretensiodo, mas quem sabe um dia os filmes da Canibal e da Bulhorgia não sejam vistos assim? Nunca se sabe, o José Mojica Marins (Zé do Caixão) está aí não me deixando mentir. Digamos que estes filmes tem mercado muito amplo, e saber onde apresentar, principalmente na hora de distribuir, é o caminho. Não é para menos que lá fora estão já considerando alguns filmes deles geniais, principalmente em festivais e grandes mostras.

AH: Qual a relevância dos diretores escolhidos e suas obras?
Fly: Digamos que muitas pessoas resolveram deixar de preguiça, e expor suas idéias sem medo, depois de verem um filme do Petter, ou do Gurcius. Eu mesmo ao entrar em contato com a obra deles pensei "Se eles estão fazendo isso, e tem gente que assiste, eu também posso fazer algo do gênero". Eu diria que filmes feitos com as ferramentas que eles utilizam, e com a qualidade que é apresentada no final, acaba se tornando um puta pavio na mente de pessoas que tem algo a dizer, mas achavam que não podiam. Eles inclusive escreveram um livro, que pode ser lido de graça no site da Canibal, chamado "Manifesto Canibal". Aquilo é um convite claro e genial a subversão dos conceitos cinematográficos padrões. De que cinema tem que ser bonitinho, perfeitinho, que nem o de Hollywood. Eu ousaria comparar a grandes movimentos indepentes como a Nouvelle Vague na França, ou o Dogma 95 na Dinamarca. Algumas diriam que o Cinema Novo foi o grande movimento revolucionário nacional. Eu acho que não, pois o Cinema Novo ficou nas mãos de intelectuais, e era chato. O cinema Udigrudi tem muito mais potencial de revolução, e a Canibal, e a Bulhorgia, são apenas um dos braços deste movimento. Fica o convite para quem estiver lendo, que se disponha a tentar fazer o seu próprio cinema, e acabar virando um novo braço. O cinema Udigrudi é para todos que querem ousar. E Kanibaru Sinema é só um dos diversos estopins desta revolução atemporal.

AH: Você pode sintetizar em poucas palavras o que seria o cinema Udigrudi?
Fly: É o cinema que VOCÊ mesmo pode fazer. É simplesmente o fato de não teres vergonha de se expressar através do audiovisual. É um cinema desprovido da marketagem "artística" e do tão alardeado "padrão de qualidade" que mais atrapalha o atual cinema brasileiro do que ajuda. É um exercício de um cinema de Terceiro Mundo, de um cinema que sabe onde está. É o cinema marginal, que fala por si só; não precisamos falar por ele. Eu nem deveria estar tentando definir o Udigrudi, pois é algo tão pessoal, vai de cada um, pois é o cinema que cada um pode dar a sua cara, que qualquer definição fica obsoleta. A todo momento tem alguem no mundo com idéias, criando, e jogando para o vídeo, e daí a definição já se altera, seja do Udigrudi, seja do Undeground.

AH: Pessoalmente falando, o que levou ao gosto pelo gore o que acha que atrai os fãs?
Fly: Só um adendo, o gore é só um dos estilos utilizados pelos diretores em questão. Seus filmes são variados, apresentam diversos estilos, e particularidades a cada projeto. Mas respondendo a pergunta, o gore acaba sendo muitas vezes para as pessoas, uma maneira de extravassar suas frustrações, raivas, irritações do cotidiano. Todo mundo tem um lado obscuro na mente, e aí se apresenta a diferença de quem gosta do gore, ou do terror em geral, e dos que não gostam. Não digo que é fato, mas a maior parte dos fãs do gênero, são pessoas calmas, que gostam de um papo bacana, tem opiniões fortes, e tal. Não atribuo exatamente ao gosto, mas é uma comprovação de que aquele preconceito contra fãs do terror, de que eles são pessoas violentas, influenciadas, é uma grande besteira. Além do mais, a violência (no gore, estética) é uma forma da pessoa alimentar seus instintos, de um jeito saudável. As reações, e motivos de gostos, são diversas. Tem gente que assiste querendo rir. Tem gente que assiste com um certo "prazer proibido". Tem gente que assiste como assiste qualquer outro filme, o que não deixa de ser verdade. Vemos violência em tudo que é lugar, no gênero de terror ela apenas se assume mais explicitamente. Não tem mal nenhum gostar disso, e esta liberação, esta falta de culpa pelo gosto, acaba causando uma atração forte, explicando o motivos que cada vez mais, as pessoas gostam de filmes de terror, gostam do gore, e principalmente, gostam de boas histórias, não apenas uma masturbação-visceral de nojeiras na tela. O público alvo é bem seleto por sinal.

AH: Uma descrição rápida dos filmes que serão exibidos para atiçar o público.
Fly: Serão dois filmes, um do Gurcius, um do Petter. O do Gurcius, é uma comédia-romântica-experimental-não-conceitual. É um filme emocionante, de ritmo alucinante, que fala sobre o amor. Mas não se deixe enganar, você nunca viu nada igual. É um filme erótico! Dramático! Místico! Assustador! Relaxante! Romântico! Frenético! Belo! Garanto uma verdadeira explosão de prazeres e sentimentos ao assistir ele!

Já o segundo filme, do Petter, é uma verdadeira transgressão surreal. Já nasceu cult, e devido as raras exibições, foi apelidado como um filme maldito. Muitos ouviram falaram, muitos desejam este filme, mas pouquíssimos viram, e pouquíssimos irão ver algum dia. Um filme muito sarcástico, furioso e emblemático, cheio de humor negro, e tantos elementos, que é impossível você não gostar de pelo menos uma parte dele.

AH: Alguma recomendação para quem se interessar?
Fly: Assitam filmes que são de Gurcius Gewdner. Assistam filmes da Canibal. Assistam filmes de outras produtoras independentes. Acessem os sites das produtoras. Busquem as comunidades no Orkut. Busquem os trabalhos deles que estão na internet de graça. Leiam o Manifesto Canibal. Leiam qualquer livro que seja bom. Façam seus filmes. Façam uma mostra e me chamem para ir assistir. Façam qualquer coisa. Se expressem como for.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sugestão de Segundona - ASILO

Caso raro, mas a sugestão dessa semana não é uma obra... Bom, não ao menos uma que você possa comprar ou baixar por aí, é um fórum recém-nascido que tem tudo pra ser o seu próximo Favoritos. O ASILO (Ainda sem signifcado pra sigla) é o projeto de cinco (INSANAS) mentes que se conheceram pessoalmente há pouco tempo: Linck, Mormak, Fly, Ty e Kitty. Desconsidere os nomes estranhos ou se você já conhecer um dos cinco maníacos. O ASILO tem por função ser um point para encontro de "nerds", otakus e outras espécies de tribos, que gostem de filmes, quadrinhos, cultura japonesa, música...

Não é preciso dizer que já estou dentro, e para quem quiser me encontrar, procure por tonblack, estarei lá para trocar idéias, opiniões e gostos. Ah sim! O ASILO também promete ser uma ótima fonte de material! Dê uma procurada, você pode encontrar lá o que estava procurando há meses. Bom, se quiser começar JÁ, dê uma clicada no banner abaixo e seja feliz!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

SNSSSN Apresenta... Not4Use

Muitos dos meus amigos tocam algum instrumento. A maioria violão e guitarra, ou simplesmente cantam. Eu mesmo tento ás vezes arranhar o meu Michael ou tiro a minha Memphys do armário. Mas dois grupos específicos se determinaram como banda e é um deles que trago aqui hoje. Começaram como dois grandes amigos, Alex e, na época, Bigode, o primeiro tocando baixo e o outro guitarra, inspirados no Green Day, do qual eram fãs. Com o tempo, e baseados nas múltiplas influências, eles começaram a gostar do chamado neo-punk, de riffs mais ousados e de letras mais profundas. Surgia o embrião da hoje NOT4USE. Ao lado de Guilherme, o vocal, Alex e Paulo, ex-Bigode, tentaram várias formações, já tiverem mais vocais, outro guitarrista e três bateristas. Somente com Alceu, o atual baterista, a NOT4USE se tornou o quarteto que é e começou a produzir músicas próprias.

Por hora eles são apenas mais uma banda de garagem promissora, mas já com planos da gravação do primeiro EP e de tocar em shows por Santa Catarina. Suas músicas falam de desilusões e de mudanças, de olhar para o passado e crescer. O Sem Nome, Sem Sentido e Sem Noção fez uma entrevista com o porta-voz e líder da banda, Paulo Henrique, e traz essas informações para vocês, além de uma música para vocês ouvirem. Aproveitem!

Antônio Henrique: Primeiro você poderia sintetizar um pouco o que vocês são?
Paulo Henrique: Nós somos o que a vida nos mostrou até hoje. E nós queremos que as pessoas vejam o que ela nos fez ver.

AH: Você conseguiria definir o seu estilo musical?
PH: Nós tocamos o que nós sentimos, independente de rótulos ou estilos. Mas se eu tivesse que definir um, diria que tocamos um rock alternativo.

AH: Você pode dizer que têm influências na sua maneira de tocar, tanto de você quanto do grupo? Se sim, quais?
PH: Comecei a tocar guitarra querendo ser igual ao Billie joe, do Green day. Obvio que as coisas mudaram a medida que os anos se passaram, assim como com os outros da banda em relação a suas influências. Ainda assim, tenho grande admiração pela forma como ele faz seus shows. No começo, nos preocupávamos muito em fazer covers, soar como nossos idolos. Isso nunca deu muito certo. Hoje em dia somos apenas nós mesmos. Compomos melodias assim como a maioria escreve suas letras, olhando para dentro de si, fazendo assim nossas canções passarem nossa mensagem em todos os sentidos. Afinal, nem sempre as palavras conseguem dizer tudo.

AH: Uma de suas características são as letras em inglês e de forma teatral, como o já citado Green Day fez em American Idiot e tem se tornado mais comum nas bandas de rock dos últimos tempos. Você vê como uma vantagem diante do público?
PH: Acho que isso ajuda o público a perceber que por mais distintos que sejam os temas abordados, as canções vão sempre estar interligadas. Por mais que se fale de amor, felicidade, tristeza, decepção, ou que se faça uma crítica social, nós sempre falamos sobre a mesma coisa, sempre falamos sobre a vida. E envolver tudo isso em um contexto, isso ajuda as pessoas a ouvirem a música como sendo apenas parte de algo, e não como sendo um todo. Por mais que algo ou algum acontecimento seja importante nas nossas vidas, tudo passa. E a vida é assim, uma canção termina e outra começa logo em seguida.

AH: Pelas letras serem em inglês, apenas parte das pessoas que te ouvem podem entender o que dizem as músicas. Mas você acha que seus fãs se empolgam com o som mesmo (Melodia, ritmo) ou com as letras?
PH: Não sei dizer, só sei que eu me empolgo com o resultado. Acho que o som da banda diz muito do que nós queremos passar pras pessoas, mas quem tiver o trabalho de interpretar as letras verá que há muito mais do que acordes no nosso projeto. E nós sempre disponibilizamos as traduções de nossas letras. Logo, quem realmente se interessar em entendê-las sempre terá como. Independente de ser brasileiro ou extrangeiro.

AH: Projetos futuros que poderemos ver em breve? Onde e quando?
PH: Eu não quero me compremeter com nada que não esteja realmente certo. A única coisa que posso dizer é que o projeto de nosso primeiro EP está pronto. Temos gravado as demos ( 4 delas estão disponíveis na internet, pra quem quiser ouvir ) para ainda esse ano, se tudo der certo, gravarmos enfim as versões definitivas de nossas músicas. Mas shows virão em breve.

AH: Você poderia escrever alguma coisa para os leitores do blog? Em inglês ou português, tanto faz, mas algo que você sinta pelo seu público.
PH: Não importa a distância que você correr, sua sombra sempre te alcançará. Não tente encobrir quem você foi ou quem você é, apenas procure estar em paz consigo mesmo. Seja você mesmo. Isso é o que eu tenho pra te dizer. Essa é a mensagem que a Not4Use procura passar.


Links da NOT4USE
MySpace
Fotolog
Comunidade no Orkut
Email/MSN: bandanot4use@gmail.com

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Me and My Inner

Finalmente postei no dia certo! Aproveitem a tirinha que na minha opinião é uma das melhores dele!

Ah sim, também é a primeira a mostrar outros Inners.

Yoda e Darth Vader entram em ação no trailer de Soul Calibur 4

Lindo ver Yoda, com seu tamanho minúsculo, segurando o machado grotesco de Astaroth com apenas uma mão. Ou Anakin Skywalker, o Vader, lutar de igual para igual com Mitsurugi, provando que mesmo Jedis e Siths são samurais espaciais. Tudo isso é possível ver no mais novo trailer divulgado de Soul Calibur IV, em que até mesmo a fase especial dos personagens de Star Wars aparece. E é ótima, apesar de ser meio bizarro em um mundo medieval surgir um hangar de naves espaciais.

Acredito que, apesar de estranho, Soul Calibur 4 poderá superar os antecessores, com um número absurdo de extras prometidos e praticamente nada revelado. Promissor, porém, há de temer também uma bomba, assim como Soul Calibur Legends que não recebeu muitas críticas positivas. Em tempo: Os gráficos são tão lindos que imagino que esta seja a versão de X360, o videogame da Microsoft. Se não, então finalmente desenvolveram os gráficos do PlayStation 3.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Watchmen passa do papel para o plástico

Preparando-se para o filme, os primeiros bonecos de Watchmen surgem, baseados no visual da película dirigida por Zack Snyder. São Rorschach e Coruja, fantásticas miniaturas dos heróis de um mundo corrupto. Apenas dois dos que serão mostrados na Comic-Con de Nova York neste final de semana. Dêem uma olhada e sintam parte do que será visto nas telas em 6 de março de 2009. Sinceramente, eu achei maravilhoso o trabalho feito com os brinquedos e se todos tiverem essa qualidade, valerá a pena ter na coleção. Agradeço a imagem ao Omelete, que divulgou em primeira mão.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sugestão de Segundona - O Pacto dos Lobos

Se tem um problema com filmes estrangeiros quando se vai ver DVD é a péssima qualidade de adaptação, além de geralmente eles serem... Em inglês. Pô, o que um filme passado na Itália tem a ver com o idioma anglo-saxão? Hoje em dia até que é fácil, mas há uns sete, oito anos a coisa complicava. Qual não foi minha surpresa quando certa vez, em 2002, peguei o, ainda em VHS, sugestivo e curioso O Pacto dos Lobos, pensando: Lá vem bomba de Lobisomem e me deparei com uma ótima história francesa? Vamos por partes ao estilo dos monstros.

Uma série de crimes hediondos em um condado atrai a atenção de dois caçadores atrás de uma sombria criatura que todos suspeitam, mas não revelam, ser um lobisomem. Enquanto convivem com os aldeões e nobres da região, o francês e seu amigo indígena se deparam com uma grade de esquemas políticos e sociais de uma burguesia corrupta do século XVIII. Ao meu ver, tanto por sua trama bem estruturada quanto pelas interpretações, a citar Vicent Cassel, ótimo, Pacto dos Lobos se destaca entre vários filmes que vi com essa temática.

Há momentos em que dá agonia esperar pelo monstro, que se revela aos poucos, sem ficar apelando o tempo todo para os sustos gratuitos. Não que eles não estejam lá (E em alguns momentos há mesmo o clichê da "floresta"), mas não é o principal desse filme de mais de duas horas. O índio também é um adendo interessante do filme, que pode até ficar cômico, mas não deixa de ser inteligente. Mesmo em local estrangeiro, uma fera é uma fera e o índio reconhece isso logo de começo.

A trilha sonora não é explêndida, cumprindo seu papel. Já a fotografia dá pra elogiar. Os cenários, o tom semi-tétrico de algumas cenas e de certa forma a sujeira que se percebe nas vestes e nas casas da nobreza destoam de alguma forma dos filmes de época em que as pessoas são tão limpas quanto se vivessem debaixo do chuveiro. Se tudo isso, mais ação e sangue não lhe atraíram, para os homens mais um golpe no ponto fraco: A voluptosa Monica Bellucci está no filme.

Ah sim, uma curiosidade para os fãs do jogo Soul Callibur: Lembram da arma dentada da Ivy? Em um determinado momento do filme essa peça aparece. Fiquem de olho!

domingo, 13 de abril de 2008

Conectando o Mundo

Semana passada foi a 1ª Semana do Jornalismo, com direito a oficinas e palestras abertas a todos que quisessem saber um pouco mais do Jornalismo atual. Obviamente que eu me coloquei à prova na oficina de blog, que aconteceu quarta-feira, com o jornalista Rodrigo Lossio.

Além de recapitular a história do blog, o palestrante também deu uns toques para melhorar os blogs de cada um, optimizar o uso do sistema e aumentar o número de visistas. E também apresentou o vídeo de Web 2.0 (Não sabe o que é? Olha aqui) que demonstra bem a evolução desde a primeira internet até a enorme rede de informações e troca de dados que é hoje. Dêem uma olhada e muito obrigado, "professor" Lossio.

Me and My Inner

Ás vezes certas pessoas sabem dar medo. MUITO medo.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Participe de uma Petição para acabar com o Terror de Boll

Essa notícia é do Globo Online, mas eu precisava mesmo divulgar. Se você assistiu as adaptações dos games House of the Dead e Alone in the Dark e sentiu vontade de estraçalhar o diretor, então essa é a chance de fazê-lo nunca mais se relacionar com nenhum filme. Um grupo de revoltados iniciou uma petição para que Uwe Boll seja definitivamente afastado da direção, produção ou qualquer outra função criativa relativa à cinema e já contava com mais de 18 mil assinaturas quando o site FEARnet entrevistou Boll, que revelou que só deixaria realmente de trabalhar com filmes se chegassem à um milhão de assinaturas.

Poucas horas depois eram quase 50 mil assinaturas e agora já são mais de 140 mil. O diretor é conhecido por polemizar em cima das críticas negativas dos seus filmes e em 2006 desafiou quatro críticos para lutar com ele em um ringue de boxe. Boll ganhou as quatro lutas e as utilizou como parte de outra adaptação, Postal. Assista abaixo o trailer de uma de suas bombas, BloodRayne.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sugestão de Segundona - Torre Negra

Eu achei que só falaria dessa série quando acabasse de ler. Mas não deu. Eu QUERO ter com quem comentar, então, a meus amigos eu só posso dizer: Tenham o preconceito que quiserem sobre Stephen King, mas LEIAM O Pistoleiro, primeiro volume da septologia A Torre Negra. É uma narrativa indescritível, do tipo suja e ao mesmo tempo épica, como um filme de faroeste bom, só que com misturas de cultura pop e de ficção científica. Podem me xingar o quanto quiserem os críticos, mas não falarei tão mal de Torre Negra dessa vez.A boa notícia: Ao contrário da maioria das minhas sugestões, A Torre Negra já está completa no Brasil e pode ser adquirida na maioria das bancas por aí. Para quem mora em Floripa, a dica: Talvez a Livraria Catarinense ainda tenha o último volume, homônimo à série, com o brinde de uma bela caneca.

Vamos à história: Roland Deschain tem uma missão em vida, como Último dos Pistoleiros, que é caçar O Homem de Preto e, por consequência, A Torre Negra. Para tanto, ele vai sacrificar o que tiver de sacrificar, até mesmo o próprio corpo. Em seu caminho surgem estranhos lugares e criaturas, inclusives pessoas "de muito longe", ainda mais de onde seus sonhos chegam. O pistoleiro, também chamado Roland de Gilead, é um sobrevivente, e como tal, é obrigado às vezes a acreditar apenas em si e no Ka, uma palavra que significa no seu mundo o mesmo que destino, unindo a todos.

Ao longo da história, você vai conhecendo gradualmente o passado obscuro de Roland, os tempos antes de "O Mundo seguir adiante" como é tantas vezes repetido. Época, inclusive, que lembra razoavelmente os contos arthurianos. É exatamente esse o trecho da história que a mini-série que a Panini está publicando no Brasil trata: O aprendizado de Roland, suas primeiras vivências como Pistoleiro e a prenúncia do Caos que ele cita tantas vezes durante os livros. A série é feita pela Marvel e tem uma imensa qualidade, tanto de roteiro, fidedigno ao original, quanto de imagens, belíssimas e esclarecedoras.

A narrativa, como eu disse antes, é fantástica, assim como o tamanho absurdo da ordem completa, enorme até mesmo para mim, que gosto de ler. O problema surge quando o texto fica morno e parece que você cansa da leitura. Não é para todos os gostos, claro, como qualquer livro, mas é possível que você se surpreenda, principalmente quando passa por A Escolha dos Três, segundo livro da série, o melhor até agora, na minha opinião, que estou lendo o quarto, Mago e Vidro.

Quem não tiver paciência de pegar os livros logo e ler, há um artigo completo feito pelo Omelete que trata de toda a obra completa. Fica a dica e até a próxima segunda!