sexta-feira, 26 de setembro de 2008

V for Vendetta

Sabe... Não lembro bem quando conheci as obras de Alan Moore... Mas foi com A Liga Extraordinária que passei e respeitar o cara. E ao ler Watchmen, depois de muito enrolar e assistir a primeira temporada de Heroes, comecei a achá-lo o que todo mundo já achava: Genial. Assim, me afastando da versão cinematográfica (Que ainda não assisti) eu finalmente li V de Vingança. E não foi a melhor leitura de Alan Moore, ainda que não tenha deixado de me chutar o saco vez por outra.

V é o símbolo daquilo pelo que Rorschach, de Watchmen, ou o Questão, do Universo DC comum, batalham: A liberdade de todos de tomar suas decisões e conduzir o estado como quiser, derrubando um governo político, ainda que a insanidade de Rorschach é que geralmente o domine e o Questão é mais paranóico do que realmente ideológico. É impossível chamar V de herói. Ele não é um herói, em nenhuma das interpretações da palavra. Ele mata, ele engana, ele destrói. O que o torna "justo"? Entra a concepção maquiaveliana: Os fins justificam os meios. O sonho que V tem, sua vontade é o que transforma suas ações em atos senão benignos, ao menos com sentido.

Admito que, assim que apareceu a co-protagonista Evey eu me recordei da cena emblemática do trailer, em que Natalie Portman chorava enquanto sua bela cabeleira era raspada e fiquei esperando, página por página, que sua contraparte quadrinística passasse pelo mesmo infortúnio. Então, a medida que os personagens cresciam, a cena foi perdendo seu sentido e quando ela surgiu não teve o mesmo efeito esperado. Muito pelo contrário, pareceu pequena diante da condução da trama.

Fiquei encucado com as liberdades que os irmãos Wachowski teriam tomado quando adaptaram esta HQ, o que me animou a ver o filme. Uma hora dessas quem sabe eu comento aqui as minhas impressões.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Esse pessoal e a censura de sempre

Antes de tudo, dêem uma olhada nessa notícia aqui e vejam se concordam com o que a DC fez.

Bom, eu não concordo. Algo que nunca entendi bem é: Como os quadrinhos têm como clássicos Cavaleiro das Trevas, Watchmen, A Liga Extraordinária e ainda são considerados "materiais pra crianças"? Será que é porque os exemplos são mini-séries fechadas, que não fazem parte de uma grande cronologia e, portanto, não são (tão) comerciais como o resto? Se for o caso, defendo que All-Star Batman se encaixa no mesmo quesito dos anteriores (Em distribuição, não qualidade). Sua periodicidade não é padrão, seu preço também não e mesmo sua história em muito se difere da original. Ou vai dizer que já foi visto o Homem-Morcego espancando o pobre Hal Jordan enquanto os dois conversavam delicadamente?

Aliás, como podem reclamar de uma adolescente que espanca os bandidos falando alguns palavrões? Eu acredito que, numa mini-série que já mostrou o herói "transando" com uma heroína logo após surrar alguns bandidos não deveria nem ter a cara-de-pau de colocar tarjas nos palavrões. Se o medo é de que as crianças aprendam um "novo linguajar", então eu sinto dizer que esse pessoal não tem filhos ou eles estudam em casa. E ainda tem gente que reclama das capas que o Frank Cho produz. Francamente, como diria meu padrinho: Deixa o homem trabalhar!