domingo, 6 de abril de 2008

Juno - Uma Grata Surpresa

Só pra constar: Sempre que eu for ao cinema (Cada vez mais raro) ou ver algo que mereça uma crítica por aí, eu vou postar aqui as minhas impressões. E estreando temos Juno!

Vide regra: Se o Omelete gosta do filme e a crítica em geral TAMBÉM, eu fico com medo do que irei encontrar. No caso de Juno, eu tive que olhar para o meu ego e dizer: CALA A BOCA! Sinceramente, se vocês AINDA não viram o filme ainda, façam macumba, chorem pro cinema, arranjem um jeito de ver, e rápido. É possível que em breve ele esteja na locadora mais próxima, e ainda com extras, então não tem desculpa.

Antes de tudo, a sinopse: Juno McGuff é aquela garota do colégio que você admira pela honestidade, mas da qual você se afasta, geralmente. Ela tem gostos incomuns e jeito de roqueira, mas não é tanto assim. O problema surge quando ela se descobre grávida... Do melhor amigo. O drama e a comédia que se seguem fazem com que Diablo Cody realmente mereça toda a atenção que tem recebido desde a estréia do filme. A roteirista deve ter se jogado dentro da história para construir uma trama tão simples e ao mesmo tempo complicada. Nenhum personagem é inútil, nenhuma cena deve ser cortada. Tudo tem que estar ali para que você siga vendo mais de uma hora e meia de filme e termine perguntando: Tá, já acabou? Mas tava tão bom...

São vários os pontos positivos do filme, mas dois merecem destaque: Ellen Page, a Juno, e Jennifer Garner. As duas já tiveram seus lances com filmes de super-herói (Para Ellen, X-Men 3, e para Garner, Demolidor e Elektra, os três sofríveis) e até então não tinha visto elas demonstrando todo o potencial. Devem ter encontrado em suas personagens a sua própria personalidade, porque é incrível os trejeitos, a forma como elas criam química, como parecem que vão explodir a qualquer momento. Contar mais da relação das duas seria um crime para quem não viu, mas com certeza a cena do Shopping foi a melhor.

Já do lado masculino, é engraçado como Jason Bateman e Michael Cera, o pai da criança de Juno, estão à vontade com seus papéis, que em alguns momentos até lembram seus personagens na série Arrested Development, da FOX, em que Jason é pai de Michael. Os gaguejos e o olhar perdido de Cera como Bleeker são idênticos aos de George Michael Júnior. Mas não entendam isso como uma crítica, porque sem os dois o filme não seria tão bom. São exatamente seus contrapontos às personagens de Page e Garner que fazem Juno ser tão complexo em sua simplicidade.

A trilha sonora é extremamente... Calma. E ainda assim agradável! Começa com um country relaxante e passa por músicas delicadas de vocais femininos, alternando apenas com algumas músicas mais agitadas dos citados gostos musicais de Juno e do personagem de Jason Bateman.
Se você quer um filme para ver sozinho e descansar, ou com amigos próximos ou com seu parceiro, é uma ótima opção.

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