sexta-feira, 18 de abril de 2008

SNSSSN Apresenta... Not4Use

Muitos dos meus amigos tocam algum instrumento. A maioria violão e guitarra, ou simplesmente cantam. Eu mesmo tento ás vezes arranhar o meu Michael ou tiro a minha Memphys do armário. Mas dois grupos específicos se determinaram como banda e é um deles que trago aqui hoje. Começaram como dois grandes amigos, Alex e, na época, Bigode, o primeiro tocando baixo e o outro guitarra, inspirados no Green Day, do qual eram fãs. Com o tempo, e baseados nas múltiplas influências, eles começaram a gostar do chamado neo-punk, de riffs mais ousados e de letras mais profundas. Surgia o embrião da hoje NOT4USE. Ao lado de Guilherme, o vocal, Alex e Paulo, ex-Bigode, tentaram várias formações, já tiverem mais vocais, outro guitarrista e três bateristas. Somente com Alceu, o atual baterista, a NOT4USE se tornou o quarteto que é e começou a produzir músicas próprias.

Por hora eles são apenas mais uma banda de garagem promissora, mas já com planos da gravação do primeiro EP e de tocar em shows por Santa Catarina. Suas músicas falam de desilusões e de mudanças, de olhar para o passado e crescer. O Sem Nome, Sem Sentido e Sem Noção fez uma entrevista com o porta-voz e líder da banda, Paulo Henrique, e traz essas informações para vocês, além de uma música para vocês ouvirem. Aproveitem!

Antônio Henrique: Primeiro você poderia sintetizar um pouco o que vocês são?
Paulo Henrique: Nós somos o que a vida nos mostrou até hoje. E nós queremos que as pessoas vejam o que ela nos fez ver.

AH: Você conseguiria definir o seu estilo musical?
PH: Nós tocamos o que nós sentimos, independente de rótulos ou estilos. Mas se eu tivesse que definir um, diria que tocamos um rock alternativo.

AH: Você pode dizer que têm influências na sua maneira de tocar, tanto de você quanto do grupo? Se sim, quais?
PH: Comecei a tocar guitarra querendo ser igual ao Billie joe, do Green day. Obvio que as coisas mudaram a medida que os anos se passaram, assim como com os outros da banda em relação a suas influências. Ainda assim, tenho grande admiração pela forma como ele faz seus shows. No começo, nos preocupávamos muito em fazer covers, soar como nossos idolos. Isso nunca deu muito certo. Hoje em dia somos apenas nós mesmos. Compomos melodias assim como a maioria escreve suas letras, olhando para dentro de si, fazendo assim nossas canções passarem nossa mensagem em todos os sentidos. Afinal, nem sempre as palavras conseguem dizer tudo.

AH: Uma de suas características são as letras em inglês e de forma teatral, como o já citado Green Day fez em American Idiot e tem se tornado mais comum nas bandas de rock dos últimos tempos. Você vê como uma vantagem diante do público?
PH: Acho que isso ajuda o público a perceber que por mais distintos que sejam os temas abordados, as canções vão sempre estar interligadas. Por mais que se fale de amor, felicidade, tristeza, decepção, ou que se faça uma crítica social, nós sempre falamos sobre a mesma coisa, sempre falamos sobre a vida. E envolver tudo isso em um contexto, isso ajuda as pessoas a ouvirem a música como sendo apenas parte de algo, e não como sendo um todo. Por mais que algo ou algum acontecimento seja importante nas nossas vidas, tudo passa. E a vida é assim, uma canção termina e outra começa logo em seguida.

AH: Pelas letras serem em inglês, apenas parte das pessoas que te ouvem podem entender o que dizem as músicas. Mas você acha que seus fãs se empolgam com o som mesmo (Melodia, ritmo) ou com as letras?
PH: Não sei dizer, só sei que eu me empolgo com o resultado. Acho que o som da banda diz muito do que nós queremos passar pras pessoas, mas quem tiver o trabalho de interpretar as letras verá que há muito mais do que acordes no nosso projeto. E nós sempre disponibilizamos as traduções de nossas letras. Logo, quem realmente se interessar em entendê-las sempre terá como. Independente de ser brasileiro ou extrangeiro.

AH: Projetos futuros que poderemos ver em breve? Onde e quando?
PH: Eu não quero me compremeter com nada que não esteja realmente certo. A única coisa que posso dizer é que o projeto de nosso primeiro EP está pronto. Temos gravado as demos ( 4 delas estão disponíveis na internet, pra quem quiser ouvir ) para ainda esse ano, se tudo der certo, gravarmos enfim as versões definitivas de nossas músicas. Mas shows virão em breve.

AH: Você poderia escrever alguma coisa para os leitores do blog? Em inglês ou português, tanto faz, mas algo que você sinta pelo seu público.
PH: Não importa a distância que você correr, sua sombra sempre te alcançará. Não tente encobrir quem você foi ou quem você é, apenas procure estar em paz consigo mesmo. Seja você mesmo. Isso é o que eu tenho pra te dizer. Essa é a mensagem que a Not4Use procura passar.


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