segunda-feira, 31 de março de 2008

Sugestão de Segundona - Discworld

36 livros. Não, não estou brincando. Eu vou falar de uma série de 36 livros lançados até o momento, dos quais apenas 12 existem em português, e que eu li apenas... 6! Mas estou me esforçando para ler todos. Porque é muito bom! Carma. Do início. Discworld, como o próprio nome diz, trata de um mundo em formato de disco que é suspenso nas costas de quatro elefantes que permanecem parados em cima da carapaça de uma tartaruga imensa (Que tem o singelo nome de Grande A'tuin) que vaga pelo universo em sua peregrinação infinita (Ou não...). Confuso? É porque você não leu as dez primeiras páginas de A Cor da Magia, primeiro livro da série.

Se você achava que O Guia do Mochileiro das Galáxias é hilário, é porque desconhece as obras de Terry Pratchett. O inglês não só sabe fazer comédia, como entende de analogias dentro de um misterioso mundo de magia e trapaças, em que até mesmo o mais normal de todos os humanos é estranho (O que o torna... Normal), e coisas comuns como lógica e ética são palavras esquisitas. Não ache bizarro o fato de haver uma Associação dos Assassinos que paga impostos, tem locais específicos de trabalho e são assalariados, ou até mesmo que o Morte seja uma pessoa séria, respeitada e até mesmo cultuada... Ah! E que gosta de gatos!

Aliás, o Morte é, na minha humilde opinião, o personagem que aparece mais na série porque é o que mais merece. Ele é, acima de tudo, friamente caloroso. Apesar de sua falta de personalidade (Afinal, ele é o MORTE) é ele quem cria os diálogos mais curiosos e engraçados de todos. O SEU JEITO DE SEMPRE FALAR COM VOGAIS MAIÚSCULAS É SUA MARCA REGISTRADA.
Ah sim! Esqueci de avisar. Tirando os dois primeiros volumes da série (A Cor, já citado antes, e A Luz Fantástica), são raros os casos em que um volume é sequência direta do outro, girando entre várias histórias, sobre magos, heróis desdentados, turistas e até mesmo simples atores de teatro que na realidade são mais do que parece.

Um comentário: Depois de Morte, o personagem que mais me agrada é Rincewind, um maggo (Como consta no seu chapéu) fajuto que tenta acertar na vida, enquanto vive fugindo do próprio Morte. Seu jeito mesquinho, suas frases inteligentes e sua lógica (Afinal, uma hora tinha que aparecer) simples o tornam o protagonista perfeito para os momentos mais fantásticos da série.
Optar por Discworld como sua próxima leitura é uma escolha acertada. Além dos livros, Discworld já produziu um RPG, um jogo de computador e uma série de tv (Que só passou na Grã-Bretanha) entre 2006 e 2007, de acordo com a Wikipédia. Assista um trecho aí embaixo.





Os 12 livros lançados no Brasil são:
A Cor da Magia - The Colour of Magic
A Luz Fantástica - The Light Fantastic
Direitos Iguais, Rituais Iguais - Equal Rites
O Aprendiz de Morte - Mort
O Oitavo Mago - Sourcery
Estranhas Irmãs - Wyrd Sisters
Pirâmides - Pyramids
Guardas! Guardas! - Guards! Guards!
Eric - Eric
A Magia de Holy Wood - Moving Pictures
O Senhor da Foice - Reaper Man
Quando as Bruxas Viajam - Witches Abroad

Dica: Quem quiser começar a ler Terry Pratchett, mas não quer arriscar Discworld ainda, há uma obra lançada no Brasil que é um spin-off da série original, chamado Maurício e seus Roedores Letrados. Muito bom por sinal!

Um comentário:

Anônimo disse...

Omg!
Aqui tem muitas coisas que eu mesma gostaria de escrever sobre Discworld mas não tinha nem tempo (nem paciência). Sou uma fã desloucada da série o_O
Aliás, só devo discordar de você quanto ao fato de Morte ser uma "pessoa" e ainda por cima "cultuada" XD
As pessoas comuns não são capazes de ver Morte. Isso porque é da lista de coisas desagradáveis das quais seus cérebros lhe permitiriam ver, Morte está em último lugar.
quanto ao "respeitado"....
enfim, valeu a review =D